Além da Ferrari (no canto superior esquerdo),
que ainda não foi vista ao vivo, compactos e novas
gerações também criam expectativa em Genebra
(Foto: Divulgação) Dias antes de abrir as portas, o Salão de Genebra, na Suíça, ganhou outra cara. Após os jornais europeus estamparem em suas capas na semana passada o
acordo do grupo francês PSA Peugeot Citroën, líder de vendas na Europa, com a norte-americana General Motors, uma injeção de ânimo mudou a expectativa do evento suíço, que já dava sinais de sua importância pela quantidade de lançamentos e conceitos anunciados com antecedência.
Aliás, Mercedes-Benz e o Grupo Volkswagen anteciparam, como costumam fazer em todos os salões europeus, seus principais lançamentos, com destaque para a
nova geração do Classe A, da Mercedes, e os superesportivos Lamborghini
Aventador J e Bugatti Veyron, o
carro mais rápido do mundo, em nova versão. A abertura do salão para a imprensa acontece nesta terça-feira (6).
O acordo PSA-GM, mais do que uma chance para as marcas europeias
Peugeot,
Citroën, Opel e Vauxhall (as duas últimas divisões do grupo GM) ganharem um novo fôlego, é uma prova concreta de que os investidores apostam na recuperação do fragilizado mercado europeu que, até agora, não se recuperou da crise.
“Neste momento, qualquer aliança é positiva na Europa”, afirma o professor de estratégia e planejamento estratégico da BBS Business School, Raul Javalis. Segundo ele, uma aliança de tamanha proporção reflete positivamente os planos futuros das outras empresas também, porque a confiança na economia local aumenta. Inclusive, a dos consumidores.
Outras estrelas, de “calibre” maior são o
BMW Série 6 Grand Coupé, o futurista Bertone Nuccio e, como não poderia falta uma novidade com “cavalinho” no capô, a nova
Ferrari F12 Berlinetta, o carro mais rápido do portfólio da italiana, com 729 cv de potência sob o capô e chega a 340 km/h, que, diferente de outras supermáquinas foi guardada para ser exibida nesta terça;
A 82ª edição do Salão de Genebra abre para o público da próxima quinta-feira (8) até o dia 18 de março. De acordo com a organização do evento, serão 180 lançamentos anunciados por 260 expositores.
Grandes grupos
A acirrada concorrência, o forte investimento em plataformas globais para reduzir custos e, naturalmente, crises como a dos Estados Unidos e da Europa, são fatores que traçam a consolidação do setor, que já havia começado no fim da década de 1990. Em outras palavras, vão sobrar menos empresas e grupos maiores. E tudo acontecerá por meio de alianças ou fusões. E esta 82ª edição do Salão de Genebra não foi o primeira marcada por um acordo de tamanha “magnitude”.
A edição de 2009 do Salão de Frankfurt consagrou o acordo do grupo italiano
Fiat com a norte-americana
Chrysler. O acordo fechado com o governo dos Estados Unidos tirou a Chrysler da falência e garantiu mais respiros à italiana, que anda mal das pernas faz tempo. Até porque a companhia nunca conseguiu entrar fortemente no mercado norte-americano, o segundo maior do mundo, atualmente, mas que por décadas liderou o ranking mundial.
Na edição seguinte de Frankfurt, dois anos depois, a notícia foi a cooperação entre o grupo
Renault-
Nissan e o Daimler.
Golf Cabriolet é o destaque da Volkswagen em Genebra (Foto: Divulgação)
E, ironias à parte, na edição de 2010 de Genebra, a PSA anunciou o fracasso de uma possível parceria com a Mitsubishi, com quem a francesa já desenvolvia em conjunto modelos 4X4. Ao invés de uma verdadeira aliança, as empresas decidiram se limitar a um “auxílio” mútuo no desenvolvimento de veículos elétricos. Inclusive, um dos filhotes da limitada cooperação vai nascer agora em Genebra, o 4X4 Citroën C4 Aircross, baseado no já lançado
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